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Desabamentos na Região do ABC (Grande São Paulo) e um DESABAFO



Final de semana foi complicado para o setor da construção civil, sendo mais específico, para os técnicos desse setor (Arquitetos, Engenheiros e Técnicos em Edificação).

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Vou começar pelo desabamento da torre da caixa d´água em Diadema, ocorrido no domi

go e que foi o menos complexo. Não sou especialista em segurança do trabalho e nem nas atividades relacionadas, mas nesse incidente, deu para perceber que não tinha nada para evitar que a torre rolasse morro abaixo. Pode ocorrer críticas pelo jeito que a máquina estava executando o serviço, mas se tivesse num terreno plano e todos os aparatos de segurança, o serviço teria ocorrido tudo dentro da normalidade e nenhum problema.

Acredito que pelo local e pela falta dos aparatos de segurança, possa ter sido o motivo da Prefeitura ter embargado a demolição e não emitido o Alvará autorizando o serviço, aguardando que a empresa responsável tomasse todas as medidas necessárias para a liberação.

Um assunto que me deixa preocupado, o Responsável Técnico da empresa liberou a execução mesmo assim ou seus “chefes” mandaram executar o serviço sem a sua autorização, num primeiro momento sendo deixado de lado, mas que agora, depois de todo o ocorrido, os problemas cairão em seu colo?

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Iremos para o outro incidente, ocorrido no sábado, onde houve o desabamento de uma casa em Mauá, que não havia um acompanhamento técnico, nenhum projeto e sem aprovação em nenhum órgão público.

Vendo a entrevista dos proprietários na TV, percebe-se claramente um dos grandes problemas para os técnicos da construção civil (Arquitetos, Engenheiros e Técnicos em Edificação). Digo isso pois são profissionais, em grande maioria, pouco valorizados ou até deixados de lado na hora de elaborar um projeto, planejar uma obra e/ ou executar a construção/ reforma.

Voltando à entrevista, fica claro que as pessoas confiam muito mais no Pedreiro que “tem anos de profissão”, nas pessoas que trabalham nos depósitos de material de construção e em vídeos encontrados na internet, todos podem ser excelentes profissionais mas trabalham muito mais nas experiências vividas e estórias escutadas; que só tem responsabilidade na hora do trabalho, enquanto dura o serviço e está recebendo pelo que está fazendo.

Ao contrário do Arquiteto, Engenheiro e do Técnico em Edificação onde ao projetar e acompanhar a execução, está tomando a frente e assumindo responsabilidades junto à Prefeitura da Cidade, aos órgãos públicos, ao Conselho de Classe, à população, ao judiciário Civil e criminalmente.

Fora essas diferenças, os técnicos éticos e justos sofrem um tipo de preconceito sendo taxados de profissionais CAROS, que levam vantagens e benefícios dos serviços e materiais que indicam, tudo isso por que uma pequena parcela de profissionais conseguem atender clientes leigos e que abrem o bolso indiscriminadamente, só querendo “do bom e do melhor”, com isso acabam tirando vantagem desses clientes em tudo que esteja ao seu alcance. Acaba dando uma fama desagradável para os outros profissionais, criando dificuldades no fechamento de serviços e ficando taxados junto a população de várias classes.

Os temas expostos acima, seriam uma pequena parcela do meu ponto de vista sobre parte dos problemas que ocorrem na construção civil, pela não contratação de técnicos e as devidas aprovações junto aos órgãos públicos.

Por isso a grande importância de contar com o suporte técnico de um Arquiteto e/ou Engenheiro entre outros profissionais formados da área da Construção Civil.





 
 
 

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